Política

PSDB aposta em núcleo sindical para contrapor PT

19 mar 2012 às 21:21

Num ano de eleições municipais acirradas em todo o País, o PSDB aposta na força de seu núcleo sindical, sobretudo para se contrapor à bandeira sindicalista, uma das marcas registradas do seu maior oponente, o Partido dos Trabalhadores. Segundo o secretário nacional de Política Sindical do PSDB e membro da Executiva estadual da sigla, Antonio de Souza Ramalho, no dia 27 de abril haverá o 1º Congresso deste núcleo, reunindo cerca de 2,5 mil lideranças de todo o País, entre sindicalistas, políticos e candidatos nessas eleições, para discutir estratégias e "marcar a nova fase do PSDB". Ele explica que a nova fase da sigla "faz jus à prática história da social democracia de ter sólidas âncoras na organização sindical dos trabalhadores".

Ramalho informa que o núcleo sindical tucano está estabelecido em 27 Estados e possui coordenadores em cinco regiões. Segundo ele, nesta terça haverá uma reunião preparatória do congresso, na sede estadual da legenda, em São Paulo. Dentre os temas em destaque no Congresso, estão: mudanças na política econômica, redução dos juros, desenvolvimento do País, distribuição de renda, fortalecimento do mercado interno, revolução da política educacional, jornada de trabalho de 40 horas semanais sem redução de rendimentos e salário igual para mulheres em condições de igualdade com os homens, dentre outros.


Segundo Ramalho, como a disputa no País ainda está muito polarizada entre PT e PSDB, "sem menosprezar as outras legendas", muitos trabalhadores e dirigentes sindicais reivindicavam um núcleo sindical forte em nossa legenda (para se contrapor à plataforma sindicalista do PT). "Queremos mostrar que o PSDB não é um partido de elite, nossa legenda atua de forma a defender os interesses dos trabalhadores. Mobilizamos o PSDB dentro do movimento sindical e isso é muito positivo, não apenas num ano eleitoral, mas para a própria estrutura da legenda."

O coordenador do núcleo sindical tucano afirma, ainda, que não pretende organizar um movimento sindical apenas para as campanhas eleitorais, mas sim para atuar de forma consistente em prol da causa do trabalhador. "Estamos nos organizando para sermos muito atuantes e não coadjuvantes", reitera.


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