Um projeto de lei, de autoria do vereador Gaúcho Tamarrado (PDT), causou polêmica durante a sessão desta terça-feira (3) da Câmara Municipal de Londrina. O parlamentar quer incluir áreas localizadas próximas à região da Fazenda Refúgio (zona sul) no perímetro urbano da cidade. "Como vamos aumentar a zona urbana se não temos condições nem de atender os inúmeros vazios urbanos que estão espalhados pelo município?", questionou a vereadora Sandra Graça (Solidariedade).
Elza Correia (PMDB) e Lenir de Assis (PT) lembraram, ainda, que a inclusão dos referidos lotes poderia ter sido feita no ano passado, antes da aprovação dos projetos complementares do Plano Diretor. "A proposta do Uso e Ocupação do Solo tratava justamente disso", lembrou a peemedebista.
Na avaliação de Elza e Sandra, os vereadores precisam respeitar o que está previsto no novo Plano Diretor. "O conjunto de projetos não é o ideal, mas é o que nós temos", admitiu a parlamentar do Solidariedade.
Na sessão de hoje, os vereadores rejeitaram o pedido de dispensa de tramitação especial do projeto de Gaúcho Tamarrado. Agora, a matéria vai precisar obedecer a todos os ritos do Legislativo, passando pela análise das comissões permanentes e órgãos técnicos. O vereador autor da matéria preferiu não rebater as críticas das colegas.
Pela justificativa anexada ao projeto polêmico, as áreas a serem incluídas ao perímetro urbano de Londrina poderão receber um condomínio de chácaras de lazer. "A transformação proposta na inclusa mensagem viabilizará um maior crescimento da Zona Sul da Cidade, bem como abrirá oportunidades e benefícios em variados aspectos ao Município de Londrina", argumentou Tamarrado na matéria. "O loteamento ora proposto é de relevante importância para a municipalidade, que será contemplada com um aumento nos investimentos imobiliários, ofertas de áreas de lazer, fornecimento de variados serviços e aquecimento do mercado na área da construção civil", completou.