Em discurso feito no início da madrugada de hoje, por volta das 0h30, na Avenida Paulista, para uma multidão de mais de 50 mil pessoas (segundo avaliação da Polícia Militar), o presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que ele e seu vice-presidente, o senador pelo José de Alencar (PL-MG), vão trabalhar "24 horas por dia, de domingo a domingo" para cumprir os compromisso feitos durante a campanha eleitoral. Segundo Lula, esta determinação tem que ser cumprida efetivamente: "Nós não podemos fracassar, porque a expectativa da sociedade é muito grande".
Lula disse ainda, que somente seu governo terá condições de atender aos anseios da sociedade: promover uma reforma agrária pacífica, garantir serviços de saúde a toda a população que não pode pagar pelos serviços médicos particulares; promover uma educação no país de qualidade, desde o ensino fundamental até a universidade, e permitir que todo cidadão brasileiro tenha direito a uma boa alimentação, tomando café da manhã, almoçando e jantando, além de outras metas.
O novo presidente eleito garantiu que não vai decepcionar o povo brasileiro: "Não trairei, um só momento, a confiança que vocês depositaram no PT e em mim. Aconteça o que acontecer, vocês serão a minha referência". Lula assinalou também que, como ser humano, pode incorrer em erros, mas ressaltou que, se isso acontecer, pretende utilizar os meios de comunicação, ente eles a televisão, para admitir seu deslize e se desculpar pelo erro cometido, além de tentar repara-lo.
Lula aproveitou o contato com populares para homenagear antigos companheiros que morreram e não puderam presenciar o momento de transformação que ele acredita que o país irá passar em conseqüência de sua vitória. Ele relembrou o cartunista Henfil, o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho - que coordenou em 1984 uma grande campanha contra a fome no país; o educador Paulo Freire, o filólogo Sérgio Buarque de Holanda, pai do cantor e compositor Chico Buarque de Holanda, que teve grande influência na criação do PT; o ecologista Chico Mendes, assassinado covardemente no final da década de 80; e João Amazonas, presidente legendário do PcdoB, falecido este ano.
Agência Brasil