O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Pedágios no Paraná, Nelson Luersen (PDT), criticou nesta terça-feira (10) o estudo apresentado pela Fundação Instituto de Administração (FIA), vinculada à Universidade de São Paulo, sobre os contratos de concessões das rodovias paranaenses.
Segundo depoimento do representante da FIA, José Ribeiro Savóia, prestado na manhã de hoje, há situações em que as tarifas deveriam ser reduzidas em 15%, no entanto, em outros casos os valores poderiam até ser reajustados, de forma a alcançar o "equilíbrio financeiro". No último dia 1º, as seis empresas responsáveis pelo Anel de Integração do Estado subiram os preços dos pedágios em 5,72%.
A fundação foi contratada pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) para fazer a análise, cujo objetivo é subsidiar as negociações envolvendo o governo do Estado e as concessionárias.
"Infelizmente o DER gastou mal, R$ 3,2 milhões, com a FIA. O relatório deles transcreve também dados do DER e das concessionárias. Não foram nem fazer levantamento ‘in loco’ das obras, se foram realizadas ou não no Estado. Então como é que você pode fazer um relatório que sirva para o Judiciário tomar decisões, para o TCU (Tribunal de Contas da União) tomar decisões a respeito do pedágio no Paraná?", questionou Luersen.
A próxima reunião da CPI está marcada para a terça-feira da semana que vem, com início às 9h, no Plenarinho da Assembleia Legislativa (AL), em Curitiba. Os trabalhos da comissão seguem até o dia 2 de março de 2014. Depois desse período, os parlamentares integrantes devem finalizar o relatório e apresentá-lo em plenário. "Preliminarmente já podemos dizer que há espaço para uma redução de preços. Claro que deputado não tem a caneta na mão; não é Executivo. Então vamos depender que o governo tome uma decisão em definitivo para dar segurança ao povo do Paraná", completou o pedetista.