O Presidente da Assembleia Legislativa, Nelson Justus (DEM) discursou por mais de meia hora na tarde desta segunda-feira (10) sobre a operação "Ectoplasma II". No sábado, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao crime Organizado (Gaeco) prendeu nove pessoas e apreendeu documentos na Assembleia Legislativa.
"O Legislativo foi arbitrariamente invadido por policiais e pelo Ministério Público em uma operação midiática orquestrada às margens do estado democrático de Direito", declarou Justus, argumentando que não havia motivos para a 'invasão'. "Em menos de um mês, esta mesa respondeu a quase 30 ofícios e encaminhou mais de meia tonelada de documentos ao MP. O argumento utilizado por eles não se sustenta".
Além do Ministério Público, Justus dirigiu críticas ao juiz que autorizou os mandados de busca e apreensão. "A operação contou com o despreparo de um juiz substituto, que ao invés de avaliar a questão pela cautela que exige, optou pela força desmedida".
O presidente da Assembleia chegou a afirmar que, com a quantidade de documentos apreendidos, a Casa teria "dificuldades para desenvolver regularmente suas atividades administrativas".