Depois de três semanas de impasse, o PMDB cedeu e deixou a vaga da presidência da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Cartões Corporativos para o PSDB. O acordo foi comunicado hoje (27) pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). "Com isso, se encerra o episódio e a CPI poderá ser instalada o mais rápido possível", disse Jucá.
Para presidir a CPMI dos Cartões Corporativos o líder do PSDB Arthur Virgílio, indicou a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS).
A expectativa, agora, é de que os trabalhos sejam iniciados em 15 dias. A senadora acredita que até a semana que vem todos os partidos terão indicado seus representantes para a composição da CPMI, que contará com 12 senadores e 12 deputados.
Os governistas têm maioria na comissão. Mas a senadora Marisa Serrano considera que há possibilidade de se realizar um trabalho consistente, que não resulte "em pizza". "Eu não posso partir do pressuposto que nós vamos ter uma CPI com pessoas que já vão pra lá predispostas para que os trabalhos não caminhem", disse.
Pessoalmente, a senadora defende que as investigações comecem a partir das denúncias já apresentadas contra servidores e autoridades do governo federal que usaram o cartão indevidamente. Ele quer, entretanto, se reunir com o relator da comissão, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), para estabelecer uma agenda de trabalho para o mês de março. "Não vou dar qualquer linha de atuação sem antes conversar com o relator", afirmou.