O ex-senador Demóstenes Torres permanecerá afastado do cargo de procurador no Ministério Público de Goiás por pelo menos mais 60 dias. A conselheira Cláudia Chagas, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), prorrogou o prazo de afastamento, que terminaria neste domingo (30).
Em sua decisão, ela considerou que a presença de Demóstenes no MP "é inconveniente ao serviço" e poderia colocar em dúvida a "credibilidade da instituição perante a sociedade". "A gravidade dos fatos investigados e sua ampla divulgação nacional acarretaram prejuízo e descrédito à imagem do Ministério Público do Estado de Goiás. Há grande constrangimento e desconforto na instituição, comprometendo inclusive o exercício normal das atribuições ministeriais", afirmou a conselheira em sua decisão.
Demóstenes Torres teve o mandato cassado por envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, condenado por peculato, corrupção, formação de quadrilha e violação de sigilo. Sem o mandato de senador, ele voltou ao MP para reassumir o cargo de procurador. No entanto, o CNMP abriu processo contra Demóstenes e decidiu afastá-lo das funções.