A Prefeitura de Londrina abriu processos administrativos contra a empresa responsável pela reforma das UBS (Unidades Básicas de Saúde) do distrito de Lerroville, na região sul, e do conjunto Vivi Xavier, na zona norte. Segundo a secretaria municipal de Obras e Pavimentação, será dado o direito de ampla defesa, no entanto, a intenção é romper os contratos, que foram firmados no ano passado, diante do atraso no cumprimento do cronograma.
“Estamos dando aditivo de prazo nestas duas obras para fazer o fechamento das contas. A empresa não tem condição de continuar. A empresa vai apresentar esclarecimentos, tentar de alguma forma continuar, mas vemos tecnicamente, pelo parecer elaborado pela secretaria de Obras, que não dá para ela prosseguir”, elencou João Verçosa, titular da pasta. Nos dois casos a prorrogação avalizada foi de dois meses.
A revitalização das unidades se transformou em longa espera para a população. A primeira tentativa no Vivi Xavier foi em 2020, entretanto, a prefeitura desfez o contrato com a construtora no ano seguinte em razão de problemas, ficando cerca de 45% dos serviços previstos para executar. Em novembro do ano passado uma nova empreiteira foi contratada, com perspectiva de finalização em três meses. Em cinco meses a empresa fez apenas 14% dos trabalhos. Os pacientes estão sendo atendidos em um barracão alugado na avenida das Torres.
Em Lerroville a situação é ainda pior. O posto está fechado há mais de três anos para melhorias. A empresa – que era a mesma do Vivi Xavier – teve o acordo desfeito na mesma época da UBS da zona norte e a ordem de serviço para retomada das intervenções também foi assinada em novembro de 2021, com entrega em 150 dias. No entanto, na área rural da cidade apenas 8% dos serviços foram feitos pela construtora anterior e a nova executou somente mais 7%.
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