Cerca de dois mil prefeitos do Norte ao Sul do país desembarcam em Brasília a partir de terça-feira na 7ª Marcha à Brasília em Defesa dos Municípios. Realizado desde 1998, o encontro dos prefeitos traz ao panorama nacional as preocupações dos administradores das quase 5,9 mil cidades brasileiras.
A marcha deu à já tradicional romaria de prefeitos com o pires na mão o caráter oficial de movimento legítimo por melhores condições na repartição das receitas.
Com pauta definida em mãos, o encontro garante aos prefeitos, desde o primeiro ano, conquistas para as administrações municipais. As reclamações são constantes, mas o pires nunca retorna vazio, como diz o secretário da Frente Parlamentar Municipalista, deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB/PR). Todas as marchas resultaram em algum benefício para as cidades.
Apesar disso, segundo ele, só em 2003 os avanços foram significativos. Os prefeitos chegaram a apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aos presidentes do Senado e da Câmara, José Sarney (PMDB/AP) e João Paulo Cunha (PT/SP), uma lista de reivindicações.
Também tiveram a atenção de 16 ministros. Eles esperavam ver seus pedidos incluídos na proposta de Reforma Tributária. Expectativa frustrada, nova romaria a Brasília. Os prefeitos voltaram à capital durante as discussões e votações em plenário do texto da reforma para garantir uma fatia maior no bolo tributário.