Um encontro na tarde desta quinta-feira (14) reuniu representantes de cerca de 30 municípios, órgãos públicos e a iniciativa privada para dar andamento nas discussões sobre a segurança nas passagens em nível de ferrovias.
Em formato de debate, os políticos da região tiraram dúvidas a respeito do tema, assim como cobraram a concessionária Rumo e o Ministério dos Transportes sobre a responsabilidade pelos cruzamentos que cortam ruas e avenidas de 73 cidades paranaenses. A dificuldade em obter respostas sobre projetos ou dúvidas também foi colocada em pauta.
A reunião foi organizada pelo deputado estadual Tiago Amaral (PSD) e deu andamento às discussões que começaram em junho, motivadas pelo acidente envolvendo um ônibus escolar e um trem em março em Jandaia do Sul. O desastre matou cinco pessoas.
O chefe de projetos da Secretaria Nacional de Transporte Ferroviário do Ministérios dos Transportes, Alex Trevizan, explica que o órgão tem interesse em centralizar o debate com os municípios para ouvir as necessidades e os problemas de cada um.
Segundo ele, as intervenções em passagens em nível dependem de fatores como fluxo de veículos e o local onde estão localizadas, sendo que cada caso precisa ser avaliado isoladamente.
De acordo com dados apontados por Trevizan, em todo o Brasil, das 40 passagens em nível com maior número de acidentes registrados nos últimos cinco anos, pelo menos 30 estão no Paraná. Segundo ele, os dados serão atualizados, já que só contabilizam os acidentes ocorridos até março, para que depois seja iniciada uma conversa com a concessionária Rumo para definir possíveis soluções para cada ponto.
Questionado sobre projetos para retirar a malha ferroviária dos centros urbanos, Trevisan disse que já foram feitos trabalhos em algumas cidades, mas que a iniciativa enfrenta barreiras orçamentárias. Para Amaral, intervenções pontuais nas passagens em nível podem ser mais eficazes do que o desvio total da malha.
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