O prefeito de Cambé, João Pavinato, negou que o chefe do departamento de eventos da Fundação Cultural do município, João Horácio Liberatti, teria recebido propina de um empresário.
O caso começou a tomar corpo na última terça-feira (12), quando policiais do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriram mandados de busca e apreensão na Fundação Cultural de Cambé.
Entre os documentos e computadores apreendidos, destaca-se um vídeo que mostra Liberati recebendo o dinheiro do empresário. Segundo investigações do Gaeco, a verba recebida pode ser propina.
No entanto, o prefeito de Cambé não vê problemas no caso. Pavinato disse que já conversou com o servidor e recebeu a informação de que o dinheiro foi encaminhado para um dos fornecedores da fundação. "João Horácio só fez a intermediação entre a empresa e um dos nossos fornecedores", explicou o prefeito, referindo-se à terceirizada que possui contrato no valor de R$ 400 mil com a Prefeitura de Cambé.
Já sobre a vídeo, João Pavinato desconversou. "Pelo o que eu fiquei sabendo, o próprio empresário foi o responsável pela gravação", se limitou a dizer.
O prefeito de Cambé garantiu também que João Horácio Liberatti não vai ser exonerado. "Confio no meu funcionário. Ele continua na Fundação Cultural."
Entretanto, João Pavinato afirmou que o caso está sendo apurado pelo município, por meio de um processo administrativo. "A Procuradoria Jurídica do Município já começou as investigações. Não admito uma coisa dessas no meu governo", ressaltou.