Política

Políticos búlgaros tentam faturar presença de Dilma

04 out 2011 às 13:32

A presidente Dilma Rousseff desembarca hoje em Sófia, capital da Bulgária, com o cuidado de não ser usada pelos políticos locais que concorrem a eleições daqui a duas semanas. Festejada como exemplo de uma "búlgara bem-sucedida", ela é vista como cabo eleitoral ideal dos candidatos envolvidos na campanha.

A presidente encontrará uma sociedade em convulsão, vivendo até um conflito étnico. Já os seus familiares, descontentes com a disputa política, insistem em manter o encontro apenas como "assunto privado".


Os políticos na Bulgária não escondem que seu objetivo é o de atrair investimentos brasileiros para a região, mergulhada na depressão econômica. O governo brasileiro não vê problemas em ser visto como esperança para o país, mas não pretende deixar que ela seja Dilma usada. "Será uma visita de Estado e estamos tentando manter o programa o mais institucional possível", comentou uma fonte do governo. O Planalto chegou a pensar em adiar a viagem para 2012, quando a eleição já terá passado, mas a agenda foi mantida.


Ainda assim, Dilma desembarca em meio a um caos social e político, com 18 candidatos à presidência. O partido de direita, tido como favorito, tem como candidato Rosen Plevneliev, apoiado pelo atual primeiro-ministro, Boyko Borisov. Já o presidente búlgaro, o socialista Georgi Parvanov, quer eleger um sucessor de seu próprio partido.


Disputa


A briga para aparecer ao lado de Dilma é escancarada. Boika Bashelieva, assessora de imprensa da Presidência, garantiu que a eleição não vai interferir na visita - e que os acordos serão assinado pelo presidente Parvanov.

O primeiro-ministro Borisov chegou a anunciar investimentos da Embraer, não confirmados, e vendeu a ideia que foi ele quem trouxe Dilma para Sófia.


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