O vice-presidente da República, Michel Temer, disse nesta quarta-feira, 23, que o PMDB terá mais espaço na campanha presidencial de Dilma Rousseff e que sua participação neste ano será mais efetiva. "Todo espaço está sendo concedido ao PMDB. O PMDB vai ter sólida presença nos programas eleitorais", destacou Temer, que é presidente nacional da sigla.
Ao chegar à presidência do partido nesta tarde, Temer afirmou que a aliança PT e PMDB se "solidificou" e que haverá nesta campanha um tratamento igualitário entre as legendas. "Nosso protagonismo será maior", emendou. No entanto, o vice-presidente disse que pretende manter uma agenda de campanha paralela à de Dilma. "É mais útil para a campanha", justificou.
O peemedebista contou que ainda não foi discutido como será o comportamento da presidente Dilma em Estados onde há palanque duplo ou mesmo quádruplo, como é o caso do Rio de Janeiro. O que já ficou predeterminado é que em Estados onde a sigla apoia outros candidatos, haverá a atuação dos peemedebistas simpáticos à candidatura de Dilma.
Neutralidade
O presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB), que é candidato ao governo do Rio Grande do Norte, chegou a sugerir que a petista adote um comportamento "neutro" e que todos os aliados sejam chamados para atos da campanha presidencial. "Vamos administrando de acordo com as circunstâncias", respondeu. O tema pode ser tratado na próxima terça-feira (29), quando haverá nova reunião da cúpula da campanha com os representantes dos partidos aliados.
Temer revelou que o PMDB paulista está organizando um evento em Jales, no interior do Estado, com aproximadamente 3 mil militantes. O encontro está previsto para o final de agosto e contará com a presença de Paulo Skaf, candidato da sigla ao governo de São Paulo. O vice-presidente disse que Skaf participará da campanha nacional e que manterá uma postura de respeito em relação à candidatura petista de Alexandre Padilha.
Na reunião desta terça-feira, 22, à noite, com os dirigentes de partidos da coligação, ficou decidido que haverá uma interlocução direta com a comunidade evangélica. Segundo Temer, esse trabalho será feito por "agente evangélicos" da coordenação da campanha. "É uma comunidade eleitoralmente muito vigorosa", explicou.