Os diretórios municipais do PMDB em todo o Estado serão usados, a partir da próxima terça-feira, na coleta de assinaturas para a apresentação de um projeto de lei de iniciativa popular na Assembléia Legislativa contra a privatização da Companhia Paranaense de Energia (Copel). A decisão foi tomada ontem, em Matinhos (litoral do estado), durante o Encontro Estadual de Prefeitos, Vice-Prefeitos e Vereadores do partido.
Para a apresentação do projeto, são necessárias cerca de 65 mil assinaturas (1% dos 6,5 milhões de eleitores do Estado). A iniciativa é do Fórum Popular Contra a Venda da Copel, que reúne 112 entidades. A coleta das assinaturas será feita até 6 de junho e a apresentação do projeto está prevista para o dia 13 daquele mês.
"Queremos votá-lo em plenário na 1ª quinzena de agosto", previu o deputado Orlando Pessutti (PMDB), coordenador político do Fórum. O leilão de privatização da estatal está previsto para ocorrer entre outubro e novembro. O Fórum já reuniu, em um abaixo-assinado, mais de 100 mil assinaturas contra a venda. Esse documento, porém, não seguiu as exigências legais e não poderá ser usado para embasar o projeto de lei de iniciativa popular.
O encontro, no Sesc de Matinhos, reuniu cerca de 1,8 mil pessoas. No Paraná, o PMDB é o terceiro partido com maior número de prefeitos: tem 82, enquanto o PSDB tem 96 e o PFL, 83. O partido possui cerca de 750 veredores no Estado. O principal líder estadual do PMDB, o senador Roberto Requião, participou do evento.
Ao final do encontro, à noite, os peemedebistas discutiriam uma moção pedindo a saída do presidente do Senado, Jader Barbalho, da presidência nacional do partido. Barbalho é acusado de se beneficiar de um esquema de devio de recursos da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Adversário do paraense, Requião chegou a defender a cassação do mandato de Barbalho.