Política

PMDB já tem três nomes para o lugar de Renan Calheiros

04 dez 2007 às 20:15

O PMDB já tem pelo menos três nomes oficializados para suceder Renan Calheiros na Presidência do Senado. Além de Garibaldi Alves (RN), primeiro que se declarou candidato, os outros são Neuto de Conto (SC) e Valter Pereira (MS).

O líder do partido, Valdir Raupp (RO), já marcou para quinta-feira (6) reunião da bancada para discutir e tentar um nome que seja, "de preferência", consensual.


Valter Pereira disse que se colocará à disposição do partido e dificilmente haverá consenso, uma vez que já existem três candidaturas apresentadas. Ele acha que o candidato a ser definido pela bancada "tem que reunir o maior apoio do PMDB e ser palatável para todos os segmentos do Senado, não pode ser indigesto para ninguém, inclusive para o governo".


Questionado sobre uma eventual candidatura de José Sarney (AP), afirmou que se trata de um nome forte dentro da bancada, mas que "dificilmente encontra consenso na oposição".


O líder do PSDB, Arthur Virgílio Neto (AM), afirmou que caso o PMDB apresente o nome de Sarney, ele próprio sairá candidato.


O líder do PSB, Renato Casagrande (ES), afirmou que com a renúncia de Renan, o governo agora tem que "jogar com duas bolas, da sucessão e da CPMF".


Ele defende que a proposta de prorrogação da CPMF seja votada ainda esta semana na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para que possa ir a plenário na terça-feira da próxima semana, um dia antes da eleição do novo presidente do Senado.


Quanto à sucessão de Renan, Casagrande afirmou que o PMDB "não pode errar a mão". Ele considera o nome de Garibaldi Alves o mais indicado, por ser o que tem mais trânsito no governo e na oposição. Sobre outro senador cotado, Edison Lobão (MA), o líder do PSB acha que ele bateria de frente com os oposicionistas. "A oposição reagiria devido à proximidade dele com o Sarney".


Outro potencial candidato, Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), descartou a possibilidade de disputar a presidência do Senado. Segundo ele, a Casa necessita de um nome que possa "pacificar a situação atual" e também ter diálogo com o Palácio do Planalto.


"Eu teria que me eleger com voto do DEM, do PSDB e do PMDB. Isso eu não aceito. Tem que ser alguém que tenha diálogo aberto com o governo, pois aqui eu não tenho", afirmou Jarbas Vasconcelos, dizendo-se eleitor de Garibaldi Alves.

ABr


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