A Polícia Federal em Curitiba instaurou hoje um inquérito com o objetivo de apurar as denúncias de que a Assembleia Legislativa do Paraná utilizava-se de atos secretos para nomear e demitir servidores. As denúncias apontam que algumas pessoas tiveram documentos utilizados para abrir contas correntes onde teriam sido depositados altos valores, sem que essas pessoas trabalhassem na Assembleia ou sequer soubessem da existência das contas.
Em uma nota, a PF ressaltou que o delegado Nilson Antunes da Silva, chefe da unidade local especializada em crimes contra a fazenda pública, será o responsável pela investigação. A polícia já comunicou o início do trabalho ao Ministério Público Federal do Paraná e ao diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Correa.
Além da PF, que apura as denúncias de crime contra ordem tributária, o Ministério Público Estadual também investiga o caso, assim como uma comissão de sindicância da própria Assembleia tenta identificar as responsabilidades.
Em razão das denúncias, o diretor-geral da Assembleia, Abib Miguel, e o diretor administrativo José Ary Nassif pediram afastamento dos cargos. O presidente da Casa, deputado Nelson Justus (DEM), determinou que, em 60 dias, todos os diários oficiais estejam publicados na internet e deu prazo de 120 dias para que os servidores façam um recadastramento, que passará a ser anual.