A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua esposa, Marisa Letícia, nesta sexta-feira (26) no âmbito da investigação sobre a suposta ocultação de um tríplex no Guarujá.
Ele é suspeito dos crimes de corrupção passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Segundo o delegado Márcio Adriano Anselmo, Lula "foi beneficiário de vantagens ilícitas, por parte da OAS, em valores que alcançaram R$ 2,4 milhões referentes as obras de reforma no apartamento 164-A do Edifício Solaris, bem como no custeio de armazenamento de bens do casal".
O apartamento, localizado no edifício Solaris, estava registrado em nome da empreiteira, acusada no âmbito da Operação Lava Jato, mas teria sido oferecido ao ex-presidente como troca de favores. Lula nega as acusações.
Marisa comprou uma unidade no condomínio em 2004, mas não o tríplex que está sendo investigado. Ela, no entanto, teria sido vista diversas vezes no local. O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e o ex-presidente da construtora OAS, Léo Pinheiro, também foram indiciados pelos mesmos crimes.
Os crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica preveem penas de três a 10 anos de prisão e de um a três anos de prisão, respectivamente.