Em depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras encerrado há pouco, o gerente de Contratos da Petrobras, Edmar Diniz de Figueiredo, disse que foram tomadas todas as providências internas sobre as denúncias de pagamento de propina a empregados da estatal pela companhia holandesa SMB Offshore, inclusive com a instauração de uma sindicância.
Devido à ausência do relator da CPMI, deputado Marco Maia (PT-RS), o deputado Afonso Florence (PT-BA) o substituiu. Ele questionou Figueiredo sobre a importância de sua gerência dentro da estatal. O gerente disse que não há tanto poder decisório e que, atualmente, ocupa o quarto nível de decisões na Petrobras, de acordo com o organograma da empresa.
Questionado sobre os resultados da apuração pela comissão de sindicância da Petrobras, Figueiredo disse que não tinha condições de responder, já que não participou dos trabalhos. "O resultado já foi divulgado, mas não tenho conhecimento. Segundo o que foi divulgado, oficialmente, não houve qualquer irregularidade em contratos investigados por essa comissão", afirmou.
Votação de requerimentos
Após o depoimento, o presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), encerrou a reunião, apesar dos protestos da oposição, que queria a realização de uma reunião extraordinária para votação de requerimentos.
A comissão deveria ter examinado hoje os requerimentos de convocação do ex-diretor da Área de Serviços da estatal, Renato Duque, e do presidente licenciado da Transpetro, Sérgio Machado. Por falta de quórum, porém, essas votações não ocorreram.