Embora diga que ocupa o "ministério dos sonhos", o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, tem esperanças de ser deslocado para a Casa Civil após a eleição. Para isso, conta com apoio de correligionários do Paraná, que tentariam convencer a ministra Gleisi Hoffmann e a presidente Dilma Rousseff de que a troca seria boa para todos os envolvidos.
Petistas próximos de Mercadante avaliam que o ministro não está tão satisfeito quanto suas declarações públicas dão a entender. Na Casa Civil, dizem companheiros do ministro, a visibilidade é nacional. Antes de substituir Antonio Palocci, derrubado após denúncias de evolução patrimonial incompatível com seus rendimentos, Gleisi era uma novata no Senado. Hoje, tornou-se conhecida nacionalmente e comanda os principais projetos de infraestrutura do País.
A ida de Mercadante para a Casa Civil abriria uma vaga na Educação que vem a calhar se o ex-titular da pasta Fernando Haddad passar para o segundo turno da eleição paulistana. O deputado peemedebista Gabriel Chalita (SP) poderia ser indicado para o ministério como recompensa por um eventual apoio ao candidato petista. Em quarto lugar na disputa, com 6% da preferência dos eleitores, segundo o Ibope, Chalita já trocou acusações com o tucano José Serra e anteontem, em debate da Arquidiocese de São Paulo, criticou o líder das pesquisas, Celso Russomanno (PRB).
Retorno
Para convencer Gleisi e Dilma da viabilidade da operação, Mercadante conta principalmente com o PT paranaense. O objetivo é convencer a ministra e a presidente de que, para viabilizar a candidatura ao governo do Paraná em 2014, é melhor Gleisi voltar a exercer o mandato de senadora. Dessa forma, acreditam os defensores do plano, a petista teria maior presença em seu Estado e mais cacife para enfrentar o governador tucano Beto Richa. Tanto Gleisi quanto Mercadante, via respectivas assessorias, negam planos de deixar suas pastas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.