O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), demonstrou descaso com a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, hoje, que denuncia a adulteração de documento sob responsabilidade do Ministério das Cidades, para alteração do projeto de infraestrutura da Copa, e encarecimento do valor da obra em Mato Grosso em R$ 700 milhões. Vaccarezza disse que o governo não vai impedir investigação do caso, mas não disse que iniciativa será tomada pelo governo para apurar as irregularidades.
"Como apareceu essa denúncia, vai ter gente investigando. Os órgãos de controle, diante de uma denúncia pública, vão tomar as medidas", se limitou a dizer. Ele recomendou que haja "parcimônia" e "maior cuidado" com as denúncias. "Tem de exigir provas para não ser apenas uma ação política", disse. Ele afirmou que já viu testemunha acusar pessoas e depois mudar a declaração. "Tem de ter comprovação. Precisa ver se tem documento. Já vi documento publicado em revista e depois não era verdade".
O líder do governo negou que as revelações de supostas irregularidades envolvendo ministérios desgastem o governo. "O que eu vejo é a sociedade apoiar o governo. E todas as denúncias estão sendo apuradas com o maior rigor possível. Todos os órgãos de controle do País estão funcionando de forma consistente", afirmou, lembrando que a presidente Dilma Rousseff já disse que o governo não tem compromisso com o malfeito.