Após novo revés no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo, o futuro da carreira política do ex-juiz federal Sergio Moro está cada dia mais incerto. A volta ao domicílio ao Paraná também embaralha o jogo, principalmente se Moro decidir por disputar o Senado. O ex-ministro da Justiça também tem a possibilidade de concorrer a uma cadeira na Câmara de Deputados, mas independente do cargo que irá disputar, os analistas políticos ouvidos pela FOLHA avaliam que o ex-titular da Lava Jato sai com capital político ainda mais encolhido do novo episódio.
Para o cientista político e professor da UFPR (Universidade Federal do Paraná), Emerson Cervi, caso Moro defina por uma candidatura para o Senado pelo Paraná será mais uma afronta ao senador Alvaro Dias (Podemos), que foi o seu principal defensor no parlamento. "Seria a última fronteira que Moro cruzaria, de uma traição direta porque Alvaro Dias foi o político que mais o defendeu no Congresso Nacional desde a Lava Jato e depois. O Moro se voltar contra ele seria uma traição pessoal e seria muito desgastante." Antes dessa da ida de Moro ao União Brasil, Alvaro também foi o grande patrocinador do nome dele como presidenciável do Podemos.
Procurado pela reportagem sobre a hipótese, Alvaro Dias, que é candidato à reeleição no Senado, desconversou. "Não tenho informações a respeito de eventuais candidatos de outros partidos. Com relação ao meu partido, só em julho decidiremos. Como tenho mandato, estou aproveitando ao máximo o tempo para atuar no Senado, já que a campanha começa em agosto", respondeu por mensagem.
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