Cortejado pelo PT para ser candidato ao governo do Paraná, o senador Osmar Dias encaminhou hoje à Executiva Nacional do partido dele, o PDT, um pedido de autorização para formar aliança com o PSDB no Paraná. Neste caso, ele tentaria a reeleição ao Senado na chapa encabeçada pelo tucano Beto Richa, candidato ao governo do Estado.
Apesar da decisão do senador Osmar Dias em fazer a consulta à Executiva Nacional, nem o PDT nem o PT dão como encerradas as negociações. O presidente do PT nacional, José Eduardo Dutra, disse que conversou nesta tarde com o presidente do PDT e ministro do Trabalho, Carlos Lupi, e que ouviu dele a promessa de que trabalharia pela composição da aliança PT-PDT no Paraná.
Os dois marcaram uma reunião para segunda-feira, à noite, em Brasília, com a presença do presidente do PMDB, Michel Temer, além de Osmar Dias e do governador do Paraná Orlando Pessuti (PMDB). Dutra avalia que, se Osmar Dias esperar até a reunião de segunda-feira, ainda há a possibilidade de um acordo, no qual Pessuti desistiria da reeleição e apoiaria Dias ao governo.
O secretário-geral do PDT, Manoel Dias, disse que, quando receber a consulta de Osmar Dias, convocará reunião da Executiva para decidir se o senador será ou não liberado para formar chapa com os tucanos. A cúpula pedetista, no entanto, deve esperar o encontro de Dias com Dutra, Temer e Pessuti para se reunir.
Se confirmada a decisão de Osmar Dias em ir para o lado do PSDB, a Executiva do PDT poderá decidir entre três opções, segundo Manoel Dias: negar a Dias o pedido de aliança com os tucanos; permitir a aliança; ou permitir a aliança parcialmente, deixando o senador se coligar ao PSDB, mas sem autorizá-lo a subir no palanque do presidenciável José Serra.