A primeira sessão de 2015 começou movimentada na Câmara Municipal de Londrina, com os vereadores disputando "a tapa" o tempo do chamado pequeno expediente. O novo Regimento Interno do Legislativo diminuiu o referido período para apenas 30 minutos, e, nesta terça-feira (3), vários parlamentares se inscreveram para usar a palavra, mas poucos conseguiram.
A vereadora Elza Correia (PMDB) usou o pequeno expediente como membro da Comissão dos Direitos de Defesa da Mulher para comentar a falta de fiscalização do poder público nos motéis da cidade. Ela citou, como exemplo, o caso envolvendo o nome do auditor fiscal Luiz Antônio de Souza, preso no dia 13 de janeiro em um motel na companhia de uma adolescente de 15 anos. "Devemos usar o fato para pedir que os nossos órgãos públicos, como a Delegacia da Mulher, sejam reestruturados", argumentou.
O novo líder do Executivo na Câmara, vereador Junior Santos Rosa (PSC), também usou o pequeno expediente, mas para ler um texto do prefeito Alexandre Kireeff (PSD) desejando que os trabalhos do Legislativo sejam produtivos neste ano.
Também inscrito para falar, o vereador Jamil Janene (PP) só ficou na vontade e disparou contra o chefe do Executivo. "Temos que respeitar o regimento. Se o líder do prefeito quer falar, é preciso que os trabalhos sejam suspensos, e não que ele use um período voltado aos membros das comissões", esbravejou. "A minha fala como integrante da Comissão de Finanças era mais importante", completou o pepista.
O novo presidente do Legislativo, vereador Professor Fabinho (PPS), pediu paciência ao colega. "Quem já presidiu essa Casa, sabe o quanto é difícil", afirmou. Segundo ele, o tempo de 30 minutos passou "voando" por conta dos diversos documentos e ofícios que precisaram ser despachados antes do início da ordem do dia.