O governador Ratinho Junior (PSD) negou nesta quinta-feira (23) que pretende privatizar parte das escolas públicas no estado. O chefe do Executivo estadual se referiu ao projeto do governo que pretende terceirizar serviços administrativos e de manutenção de 200 escolas estaduais. O texto deve ser encaminhado na próxima semana para a Alep (Assembleia Legislativa do Paraná), mantendo a iniciativa que já ocorre em duas unidades de ensino.
A afirmação foi feita durante visita a Cambé (Região Metropolitana de Londrina) para o anúncio de obras no município. De acordo com o governador, o intuito é tirar a sobrecarga do trabalho dos diretores.
O governador afirmou que a proposta “não é nenhuma novidade” e que as unidades que já fazem parte do projeto Parceria da Escola “tiveram uma transformação fantástica”. Ele negou que seja uma privatização, argumentando que o intuito é tirar a sobrecarga do trabalho dos diretores.
“Hoje [o diretor] fica numa pilha de documentos resolvendo a questão administrativa interna em vez de estar cuidando da parte pedagógica. Nós estamos fazendo uma facilitação para o nosso diretor, para os nossos professores, professores que continuam sendo do Estado, os pedagogos continuam sendo do Estado, o diretor continua sendo do Estado”, pontuou.
Ratinho também reclamou dos críticos, dizendo que quem se posiciona contra a proposta “são os mesmos que criticam a [escola] cívico-militar, os mesmos que criticam a escola em tempo integral, os mesmos que ficaram 30 anos sem fazer nada, e agora que colocamos a melhor educação do Brasil, continuam querendo criticar”.
“Então, nós vamos enfrentá-los, porque nós estamos conscientes daquilo que é bom para a educação do Paraná e a prova é que a melhor educação do Brasil é nossa”, completou.
A direção da APP-Sindicato (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná) se posicionou contra o projeto, dizendo que o governo “quer acabar com a escola pública no Paraná” e que, na prática, “representa a privatização e o fim da escola pública”. A categoria deverá se reunir em assembleia extraordinária no sábado (25) para debater pautas financeiras não cumpridas pelo governo e decidir estratégias para tentar barrar o projeto.
VEJA O QUE ELE FALOU SOBRE AS UNIVERSIDADES NA FOLHA DE LONDRINA.