A parceria entre a empresa Supra Clean e a recém-criada cooperativa de catadores Cooprelon é alvo de investigação da Promotoria da Defesa do Patrimônio Público de Londrina. De acordo com a promotora Leila Voltarelli, há suspeitas de que haja irregularidades.
Conforme reportagem publicada pela Folha de Londrina na segunda-feira (5), a cooperativa foi contratada em novembro pela Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) e receberá R$ 1,4 milhão para coletar lixo reciclável de 95 mil domicílios de Londrina por seis meses. Mas parte do recurso será repassado à Supra Clean, que se comprometeu em alugar caminhões para os recicladores transportarem o lixo e um barracão para o trabalho da cooperativa.
A contratação da Cooprelon foi feita por dispensa de licitação devido a exceção concedida para cooperativas formadas exclusivamente por catadores de baixa renda, conforme estabalecido em lei federal. Em entrevista à Folha de Londrina, o presidente da cooperativa, Maurício Montezini, admitiu que não se definiria como catador. O mesmo caso é do diretor financeiro da entidade, Erlandes Silva. O presidente da CMTU informou que a situação dos dois será analisada.
A contratação de uma terceira cooperatida pela CMTU também vem sendo questionada por recicladores da Coopersil e a Cocepeve, cooperativas que já atuam no recolhimento do lixo reciclável há anos na cidade. Os cooperados estranharam a criação de uma nova cooperativa para prestar o serviço que eles já estavam realizando.
A Supra fabrica objetos como vassouras e rodos a partir de material reciclável. (Com informações da repórter Loriane Comeli, da Folha de Londrina)