Em conversas realizada com a presidente Dilma Rousseff, o ministro de Portos, Helder Barbalho (PMDB-PA), colocou o cargo à disposição. O encontro entre os dois ocorreu no início da noite de segunda-feira, 18, no Palácio do Planalto. Uma decisão sobre a permanência do ministro, que é filho do senador Jader Barbalho (PMDB-PA), deve ocorrer numa nova reunião prevista para esta quarta-feira(20).
Antes do encontro com Helder, Dilma também esteve com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB-AM). A bancada de deputados do Amazonas, reduto eleitoral do ministro, concedeu 100% dos votos pelo afastamento da petista na votação ocorrida na noite do último domingo na Câmara.
Em conversa com a reportagem após a reunião com Dilma, Braga fez uma avaliação geral do processo de impeachment e disse que da parte dele não havia nenhuma "posição tomada" sobre um possível pedido de exoneração. Informou também que ao longo da semana deverá voltar a conversar com a presidente para tratar novamente sobre o futuro do ministério.
"O meu setor, o elétrico e o de energia, é um setor muito delicado. Que tem implicações de empresas públicas, que são listadas em bolsa de valores. Tem uma série de ações acontecendo neste momento e por isso nenhuma medida pode ser tomada de forma precipitada, e eu não o farei. Até pela responsabilidade que tenho pelo trabalho e pelo País".
Tanto Helder Barbalho quanto Eduardo Braga fazem parte da cota de indicação da bancada do PMDB do Senado, que deverá se posicionar sobre o processo de impeachment, após a aprovação pela Câmara. Segundo integrantes da bancada consultados pela reportagem, atualmente, a maioria dos senadores do PMDB é a favor do afastamento da presidente.