Política

Ministro das Comunicações admite possibilidade da CPI da Petrobras

26 mar 2014 às 11:59

Depois de admitir a possibilidade de a oposição conseguir assinaturas para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que a campanha eleitoral ficaria mais "animada" com a investigação dos parlamentares. Ele ponderou, no entanto, que é preciso discutir se a economia e a estatal petrolífera ficarão melhores se houver a CPI.

"Quando tem essas coisas, a campanha fica mais animada. Acaba fluindo mais o debate. O que temos de discutir é outra coisa. Se a economia vai ficar melhor ou a Petrobras vai ficar melhor", disse ele, ao chegar para audiência na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados. Para o ministro, a instalação da CPI faz parte do jogo político.


"Eu vi hoje que os dois principais candidatos de oposição ao governo estão jogando juntos nisso, portanto é possível que se consiga a assinatura. Não posso prever", reconheceu num referência aos prováveis candidatos à presidência, Aécio Neves e Eduardo Campos. Paulo Bernardo disse que a oposição quer a CPI para criar traumas e problemas para o governo. E aproveitou para alfinetar os tucanos: "Se perguntar para o candidato do PSDB se ele quer criar uma CPI do metrô em São Paulo, ele vai dizer que não".


O ministro recomendou que a discussão sobre a CPI da Petrobras seja feita com serenidade.


"Temos de ter tranquilidade. Ate porque a Petrobras é uma empresa que tem ações na Bolsa. Essa discussão tem de ser feita com serenidade", disse, acrescentando que as investigações que estão sendo feitas em relação às denúncias na empresa são adequadas.

Questionado se o desdobramento da CPI iria "sobrar" para todos os partidos, Paulo Bernardo respondeu. "Eu não sei dizer para quem vai sobrar. Estou dizendo que, do o nosso ponto de vista, o fato de ter o Ministério Publico investigando, o Tribunal de Contas e uma comissão externa, a coisa vai ter que ser esclarecida". Ele lembrou que a presidente da Petrobras, Graça Foster, declarou que a investigação não vai deixar "pedra sobre pedra". "É desse jeito que tem que esclarecer o assunto", afirmou.


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