O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu manter preso o diretor da Construtora Gautama Vicente Vasconcelos Coni, após depoimento de quatro horas - o mais longo até agora. A ministra responsável pelo inquérito, Eliana Calmon, só havia mantido presos dois depoentes, que tinham se negado a responder às perguntas. A assessoria do STJ disse ainda não conhecer a justificativa da ministra para a decisão desta sexta-feira (25).
Coni foi o 31º dos 47 presos pela Operação Navalha a depor no STJ. Após saber que permaneceria preso, Coni ainda tentou, por dez minutos, esclarecer as dúvidas da ministra, mas ela o manteve preso. O próximo depoimento é um dos mais aguardados: a diretora comercial da Construtora Gautama, Maria de Fátima Palmeira. Ela é considerada o braço direito do dono da empresa, Zuleido Soares Veras - que será ouvido hoje.
Os depoimentos dos presos pela Operação Navalha, da Polícia Federal (PF), estão sendo colhidos no Superior Tribunal de Justiça (STJ) pela ministra Eliana Calmon.
A PF prendeu 47 pessoas supostamente envolvidas em fraudes em licitações, desvio de recursos de obras públicas e aliciamento de agentes administrativos. Os depoimentos começaram na segunda-feira (21).
Ainda falta serem ouvidos:
· Abelardo Sampaio Lopes Filho, engenheiro e diretor da Gautama
· Gil Jacó Carvalho Santos, diretor financeiro da construtora
· Dimas Soares de Veras, funcionário e irmão do dono da empresa
· Zuleido Soares Barros de Veras, dono da Gautama
· Rodolpho de Albuquerque Soares de Veras, filho do dono
· Tereza Freire Lima, funcionária
· Henrique Garcia, administrador ligado à empresa.
(Com informações da Agência Brasil e Coordenadoria de Imprensa/STJ)