O secretário especial da Cultura, Mario Frias, perdeu a ação de danos morais que moveu contra o ator Armando Babaioff, que o chamou de "racista", "bosta", "sem talento" e "sem caráter" numa publicação no Twitter em julho do ano passado.
Na decisão judicial, o 6º Juizado Especial Cível de Brasília julgou o pedido improcedente ao entender que a crítica de Babaioff era uma opinião pessoal e que Frias é uma figura "política que é ocupador de cargo público", e, por isso, está sujeito ao "escrutínio popular".
Ainda cabe recurso para se recorrer da decisão. Caso os advogados de Frias não recorram, a ação será arquivada. O documento destaca ainda que "é notório em nosso país que há a incorreta e lamentável associação de afro-descendentes a aspectos negativos, tais como a sujeira".
Leia mais:
Lula segue lúcido e caminha e se alimenta normalmente, diz boletim
Braga Netto entregou dinheiro em sacola de vinho para plano de matar autoridades, diz Moraes
Câmara de Londrina veta transposição do Vale dos Tucanos
Investigação sobre desvios em compra de vacina da Covid volta ao STF, e PGR analisa em segredo
Em julho do ano passado, o secretário especial do governo Bolsonaro publicou no Twitter um comentário racista direcionado ao ativista negro Jones Manoel, em que disse ele precisava de "um bom banho". Depois da repercussão negativa, a postagem foi apagada. A publicação de Babaioff veio logo em seguida.
Essa é uma de tantas outras polêmicas que envolvem Frias. Recentemente, ele acusou o filme "Como se
Tornar o Pior Aluno da Escola" de fazer apologia da pedofilia e impulsionou o debate contra o longa, que tem Danilo Gentili e Fabio Porchat no elenco, nas redes sociais.
O governo tentou censurar o filme, decidindo que sua exibição fosse suspensa das plataformas de streaming, sob pena de multa diária de R$ 50 mil para os exibidores. Em seguida, o Ministério da Justiça determinou que o título tenha sua classificação indicativa alterada de 14 para 18 anos, embora tenha insistido que ainda vale a ordem de remoção.