Em visita a Manaus neste domingo, a candidata à presidência Marina Silva (PSB) reiterou que está sendo agredida pelos principais adversários nas eleições e disse que não vai "cair em tentação" para responder à presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) e ao candidato Aécio Neves (PSDB). A declaração ocorreu em evento junto a ambientalistas, em um museu na capital amazonense. "Eu tenho sido muito agredida, vocês acompanham, de que vai acabar o 'Minha Casa, Minha Vida', o 'Bolsa Família', o 'Mais Médicos', a exploração do pré-sal, a Transnordestina, a transposição do Rio São Francisco... Acabar com as férias, acabar com o FGTS (as pessoas no espaço riram nesse momento), o décimo terceiro salário... Vocês até riem, porque isso é subestimar a inteligência da sociedade. É o que eu chamo de marketing selvagem", criticou Marina.
A candidata ressaltou que pretende aliar projetos bem-sucedidos do governo Lula e do governo Fernando Henrique Cardoso. "A instabilidade econômica do governo do Fernando Henrique, nós vamos recuperar, está sendo perdida no atual governo. A inclusão social, que iniciou no governo do presidente Lula, nós vamos manter e aperfeiçoar, que está sendo agora ameaçada no governo da presidente Dilma, pela volta da inflação, elevação dos juros, baixo crescimento", criticou.
Questionada sobre se o PSB ou a REDE assumiriam o comando do governo caso eleita, Marina Silva apenas criticou o modelo do atual governo. "Quem vai assumir o governo é a presidente eleita por uma aliança de alguns partidos e, principalmente, numa aliança com os núcleos vivos da sociedade, que está dando uma demonstração de que, para ganhar uma eleição, não são necessárias velhas estruturas do dinheiro, da troca de ministérios por tempo de televisão, de fazer alianças completamente incoerentes, mas sim uma nova postura", declarou.
Marina chegou a Manaus no início da tarde deste domingo e iniciou a programação na cidade no Museu da Amazônia (Musa), onde foi recebida por ambientalistas que cobraram ações voltadas aos ramos florestais, energéticos e climáticos, além da causa indígena. Ao expor suas propostas, a candidata pelo PSB também criticou o governo Dilma e chegou a dizer que é um "retrocesso no desenvolvimento sustentável".