Política

Marco Feliciano sugere que Everaldo desista de candidatura

02 set 2014 às 20:47

O deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) vai sugerir ao colega de partido Pastor Everaldo que desista da candidatura à Presidência para apoiar Marina Silva. O pastor, que faz campanha contra Dilma Rousseff, considera que uma possível divisão dos votos dos cristãos entre Everaldo e Marina seria negativa. "Neste momento, dadas as circunstâncias, se eu estivesse no lugar do Pastor Everaldo, eu pensaria em declinar da campanha e migrar para Marina, para não haver divisão no meio cristão", avaliou, antes de frisar que continua apoiando o candidato de seu partido e que acredita em milagres.

Pastor Everaldo chegou a 3% das intenções de voto em pesquisa Estadão/Ibope anterior à morte de Eduardo Campos e aparece agora, após a entrada de Marina Silva, com 1%. No novo cenário, Feliciano considera importante que os evangélicos e católicos se unam na luta contra o PT. "Neste momento, Dilma já deu motivos para todo o movimento cristão para ir com Marina", disse.


A ex-ministra e candidata do PSB ganhou credibilidade com Feliciano depois de retirar de seu programa de governo tópicos em defesa da causa LGBT. O deputado afirmou ter ficado chocado com a primeira versão do documento, que trazia o apoio à criminalização da homofobia, o fim de obstáculos à adoção de crianças por casais do mesmo sexo e o desenvolvimento de material didático destinado a conscientizar sobre a diversidade de orientação sexual. Ele comemorou o recuo da candidata, que publicou uma errata no dia seguinte à divulgação do programa, na qual eliminou esses pontos do texto.

"Marina quis dizer, na mudança do projeto de governo, que não vai influenciar as crianças na escola. Uma coisa é você ensinar a criança a não ser preconceituosa. Outra coisa é você doutrinar a criança e dizer a ela que tudo isso é tranquilo e que ela pode inclusive experimentar. Nesse quesito, Marina foi clara. A presidente Dilma, não", afirmou. A assessoria do candidato do PSC, Pastor Everaldo, foi procurada pelo Broadcast Político, serviço da Agência Estado de notícias em tempo real, mas não retornou até o início da noite desta terça.


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