Manifestantes da Coalizão pela Reforma Política Democrática se reuniram nesta quarta-feira (20) em frente ao Congresso Nacional para entregar um abaixo-assinado defendendo um projeto de reforma política democrática para o Brasil. Segundo a presidenta da Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil de Goiás (CTB-GO), Ailma Maria, cerca de 4 mil pessoas estiveram presentes no ato e 700 mil assinaturas foram colhidas em todo o Brasil. Pelos cálculos da Polícia Militar, participaram do protesto cerca de 800 manifestantes.
"Pedimos o fim do financiamento empresarial de campanha. Acreditamos que o financiamento tem que ser exclusivamente público, para que todos os candidatos possam ter os mesmos diretos e para que não tenhamos mais compra de votos no Brasil," disse.
A presidente espera que, com a reforma política, a classe trabalhadora seja mais bem representada. "Que as mulheres possam ter espaço no poder, [assim como] as minorias, a população negra e a comunidade LGBT [lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e transgêneros], e que o povo trabalhador e campesino possa ocupar espaços no Legislativo, Executivo e Judiciário", observou.
Segundo Ailma, uma comissão de parlamentares recebeu representantes da coalizão, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para acolher as demandas. O grupo espera ser recebido pelo presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
Também na Esplanada dos Ministérios, a Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar do Brasil (Fetraf) faz manifestação pela reforma agrária em frente ao Ministério do Trabalho e Emprego. Segundo a entidade, o grupo apresentará suas demandas ao ministro do Trabalho, Manoel Dias, no início da tarde.