O presidente Lula (PT) recebeu alta hospitalar, segundo informou neste domingo (15), durante coletiva dada à imprensa, a equipe médica que acompanha o mandatário.
Lula foi internado para realizar cirurgia de emergência na terça-feira (10) em razão de um hematoma de três centímetros detectado entre o cérebro e uma das membranas (meninges) que envolvem o órgão.
Ele havia sentido fortes dores de cabeça na segunda-feira (9), quando foi encaminhado para o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Lula deve sair do hospital ainda neste domingo e deverá ficar em São Paulo até quinta-feira, quando fará uma tomografia. A partir disso, poderá ir para Brasília.
Segundo o cardiologista Roberto Kalil, médico do petista, Lula terá algumas restrições nos próximos 30 dias, como de atividade física e viagens internacionais.
Às 11h30 o presidente apareceu na entrevista da equipe com a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, e agradeceu a Deus e aos médicos.
Segundo os médicos, o sintoma teve relação com a queda sofrida pelo mandatário em outubro. Na época, Lula estava no Palácio da Alvorada quando caiu de um banco no banheiro ao cortar as unhas, segundo seu relato, e teve que receber pontos na nuca.
Na quinta-feira (12), Lula foi submetido a uma embolização, procedimento para reduzir o risco de novo sangramento intracraniano.
Segundo Kalil, o procedimento foi um sucesso e não muda nada na recuperação do presidente, que tem alta prevista para o início da próxima semana.
Um dia depois do procedimento, o mandatário divulgou imagens caminhando nos corredores do hospital. Na ocasião, ele agradeceu mensagens e orações, dizendo estar "firme e forte", e passou a ter os chamados cuidados "semi-intensivos", com monitoramento em intervalos ampliados.
No sábado (14), boletim médico divulgou que o presidente segue "lúcido e orientado", caminhando e se alimentando normalmente.