Política

Lula: eleições inviabilizariam votação de reformas

03 mai 2003 às 13:23

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs uma aliança com os partidos de oposição para aprovar as reformas no Congresso. "Ninguém será marginalizado por não pertencer ao meu partido".

Ao governador de Minas Gerais, o tucano Aécio Neves, Lula disse, durante a abertura oficial da ExpoZebu 2003, em Uberaba (MG), que "respeitar o povo mineiro", independentemente de partidos políticos, é sua "obrigação".


Ele agradeceu Aécio e os demais governadores brasileiros por terem participado, no última dia 30, do ato político em que foram enviadas as reformas da Previdência e tributária ao Congresso.


"Agora temos que trabalhar com parlamentares e governadores para aprovar reformas o mais rápido possível, já que, no próximo ano, as eleições municipais vão colocar todos em guerra", disse o presidente.


Lula também se autodefiniu como "o mais otimista de todos os seres humanos". "Todos os dias quando acordo, quanto pior a manchete do jornal mais otimista fico com o futuro do Brasil".


Durante a abertura da ExpoZebu 2003, Lula disse que o país tem de respeitar a si próprio e perceber que "não é bom só de Carnaval, futebol e violência".


O presidente lembrou que seu governo começou há apenas 120 dias e que "as coisas vão ser feitas a seu tempo". Assim mesmo, ele afirmou já ver vários avanços no país, principalmente na área financeira. Ele citou a valorização dos títulos brasileiros, a emissão bem-sucedida de papéis no exterior feita pelo Banco Central nesta semana e a reabertura das linhas de crédito ao país.


Aos agricultores presentes na feira, Lula disse que "se enganam aqueles que acham que a agricultura não tem muita importância para a economia brasileira". Ele prometeu medidas para a agricultura as exportações continuarem crescendo e disse que vai antecipar em um mês a liberação do financiamento à safra agrícola. Além disso, o presidente propôs uma aliança com os empresários do setor.

"Quantas reuniões os empresários não fizeram para falar mal do Lula e quantas o Lula não fez para falar mal dos empresários. Mas hoje vencemos esse preconceito."


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