O trabalho de limpeza da Assembléia Legislativa iniciou às 16 horas de quinta-feira, logo depois da desocupação dos estudantes do plenário e do saguão principal da Casa. Cerca de 80 funcionários da empresa terceirizada que faz o serviço de limpeza estiveram mobilizados para retirar o lixo, limpar o carpet do plenário, esfregar o mármore onde foram escritos versos e palavras de ordem contra o governador Jaime Lerner e o presidente Fernando Henrique Cardoso e passar produtos químicos para dissolver a cola dos adesivos colocados em paredes, galerias e vidros.
Os funcionários de limpeza reclamaram da dificuldade de retirar a cola dos adesivos do mármore e dos vidros. Produtos como desinfetantes, limpadores e desodorizantes foram usados em quase todos os pavimentos (plenário e galerias). "Tirar a gente tira. Mas nos vidros existe a possibilidade de riscar. Não é igual tirar cola do mármore", explicou Mauro Oliveira.
A servente Pedrolena Geni Ribeiro trabalha há dois anos com a limpeza do plenário e disse que nunca viu tanta sujeira num só local. "Nunca vi nada assim, nem em convenções partidárias", exemplificou. A iluminação dos corredores também foi restaurada. Alguns pontos de iluminação ficaram danificados durante a ocupação dos estudantes.
Durante o período de limpeza, poucos deputados estaduais circulavam pelos corredores. Apenas Sérgio Spada (PSDB) e Orlando Pessuti (PMDB) foram vistos pela reportagem da Folha . "A limpeza que está sendo feita é pesada. Mas garantimos que o prédio ficará limpo", declarou a supervisora Jurema Ribeiro, responsável pela limpeza.