O governador do Paraná, Jaime Lerner (PFL), está otimista com a derrubada, na Assembléia Legislativa, do projeto de lei de iniciativa popular que prevê a revogação da privatização da Copel. Ele se reuniu na noite de domingo com integrantes da cúpula estadual do PFL para uma avaliação da situação da bancada governista. Foram contados 24 votos contra a privatização da Copel e 29 votos favoráveis à venda.
"Estou tranquilo com relação à votação na Assembléia Legislativa. Não irão ocorrer surpresas", disse o governador. "Jamais gostei de bravatas políticas e partidárias. A base na Assembléia está consolidada em torno da privatização da Copel", complementou.
Os 29 votos assegurados pelo governo já estariam prevendo a mudança da deputada Serafina Carrilho (PL), que na última sexta-feira se definiu contra a privatização da estatal. No entanto, os governistas contam com o voto do deputado estadual Miltinho Puppio (PSC), ameaçado pelo partido de expulsão caso não mude de posicionamento. "Ele já garantiu que estará conosco. Sabemos que o voto pela privatização da Copel é impopular. No entanto, é algo necessário. E o deputado Puppio vai assumir os riscos", apostou o secretário-chefe da Casa Civil, Alceni Guerra.
Para o prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi (PFL), a privatização deveria ter sido promovida há alguns meses. "Privatizar a Copel não é uma decisão política, é uma necessidade. A energia tem que ser produzida pelo maior número de participantes, não pode ficar a cargo de um monopólio estatal. Acho que a privatização já acontece tarde. Deveria ter ocorrido muito antes", considerou.