Política

Justiça começa a analisar ação contra Rodrigo Gouvêa

17 jun 2010 às 20:49

O juiz da 1ª Vara Cível de Londrina, Bruno Pegoraro, começou a analisar nesta quinta-feira (17), a ação civil pública contra o vereador Rodrigo Gouvêa (sem partido). O parlamentar é acusado pelo Minsitério Público de ter pedido propina ao engenheiro Mauricio Costa para aprovação do projeto de lei que adequou Londrina ao programa federal "Minha casa, minha vida". Convocadas pela acusação, sete testemunhas foram ouvidas hoje entre vereadores e funionários da Câmara.


Uma das pessoas ouvidas foi o próprio engenheiro, que no depoimento prestado ao MP no final do ano passado chegou a confirmar o pedido de propina por do vereador, mas um dia depois voltou atrás e mudou o depoimento, dizendo que estava em dúvvida se o pedido foi feito realmente. Nesta quinta-feira, em juízo, Mauricio Costa confirmou a segunda versão.


Em entrevista à rádio CBN, o promotor de Defesa do Patrimônio Público, Renato de Lima Castro, confirmou que o engenheiro manteve a versão do segundo depoimento ao Ministério Público.


"O Maurício Costa reafirmou os fatos relatados ao Ministério Público. Na primeira opurtunidade ele disse que realmente tinha sido pedido uma vantagem, na segunda oportunidade ele disse que tinha dúvida e hoje ele manifestou novamente que havia dúvida a respeito do conteúdo da fala, portanto permaneceu a dúvida segundo a sua declaração, entretanto as outras provas foram bastante enfáticas no sentido de que a imputação é absolutamente verdadeira".


Ainda à CBN, o promotor disse que apesar da dúvida apresentada por Mauricio Costa, os outros depoimentos, que na maioria foram de vereadores, ajudaram a esclarecer o caso. De acordo com Renato de Lima Castro, o presidente da Câmara de Londrina, José Roque Neto, confirmou que durante a sessão que aprovou o projeto "Minha casa, minha vida", Mauricio Costa o procourou para afirmar que havia sido abordado por Gouvêa e que o motivo seria o suposto pedido de propina.


"Não se apresentou uma prova concreta de que a vítima falou e depois negou. Apresentou uma prova de que a vítima fez uma afirmação, depois ficou em dúvida. Ela não nega, ela ficou em dúvida quanto à existência do pedido. Entretanto també se apresentou que essa vítima teria conversado com outro vereador - presidente da Câmara - cuja conversa foi referendada na audiência de hoje. Portanto na percepção do Ministério Público, os elementos probatórios são bastante convergentes".


Já o advogado de defesa do vereador, Guilherme Gonçalves, disse que não há como provar o pedido de propina com suposições. Ele afimrou que todas as testemunhas ouvidas, inclusive o engenheiro, não confirmaram que o pedido foi feito.

"O Rodrigo Gouvêa se insurgiu contra o regime de urgência, não queria votar o regime de urgência. Alguém insinuou que ele não queria votar isso por alguma questão financeira e aí se industrializa um depoimento chamando um cara em casa doente por telefone e tamanha não correspondência que o cara volta no dia seguinte porque não estava tranquilo, porque falou alguma coisa que não estava colocado. Transforma-se uma discussão política num ato de improbidade. Tudo é suposição. O Maurício Costa não falou que o Rodrigo pediu propina, nenhum vereador disse que o Rodrigo pediu propina". (com rádio CBN Londrina)


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