O ex-delegado-geral da Polícia Civil João Ricardo Képpes Noronha conseguiu na Justiça decisão que proíbe o candidato do PMDB ao governo, Roberto Requião, de vincular seu nome à CPI Nacional do Narcotráfico.
Noronha perdeu o cargo de delegado-geral em 2000, quando a CPI o acusou de irregularidades. Noronha, que hoje responde pela vice-presidência da Associação dos Delegados de Polícia (Adepol), alega que não é justo o acusar de pertencer à banda podre da polícia, como Requião tem feito, uma vez que não foi afastado da função de delegado.
O juiz que deu a decisão em favor de Noronha foi Carlos Eduardo Andersen Espínola, da 18 Vara Cível de Curitiba. Hoje, o advogado Luiz Antonio Figueiredo Bastos, que defende os interesses de Noronha, promete entrar com outra ação, na tentativa de impedir que Requião teça comentários sobre a Adepol.
O candidato do PMDB ao governo classificou de ''molecagem'' a decisão judicial, e avisou que não tem a menor intenção de cumpri-la. ''Eu vou ignorar. Ele (o juiz) esqueceu que eu sou um senador, e tenho imunidade material, posso manifestar a qualquer hora minhas opiniões.''