O ex-ministro José Dirceu, preso há um mês na Operação Pixuleco, um desdobramento da Lava Jato, foi transferido no início da tarde desta quarta (2) da carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, para o Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais, na região metropolitana da capital paranaense. A transferência foi solicitada pelos advogados do ex-ministro e autorizada pelo juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância.
Na segunda-feira (31), o advogado Roberto Podval pediu à Justiça que Dirceu fosse transferido para o presídio por causa do espaço reduzido da carceragem da PF e as restrições impostas para visitas. No CMP, os presos podem receber visitas semanais de duas horas, enquanto na carceragem da PF elas são mensais e não passam de meia hora.
Condenado na Ação Penal 470, do mensalão, Dirceu foi indiciado na terça-feira (1º) pela Polícia Federal pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha no esquema de superfaturamento de contratos da Petrobras. Para a força-tarefa da Lava Jato, o ex-ministro foi o "criador" e "beneficiário" das fraudes em contratos da estatal.
Com o indiciamento, caberá ao Ministério Público Federal (MPF) decidir pela denúncia do ex-ministro e de mais 13 investigados na 17ª fase da Operação Lava Jatos.