Política

Indiciados por suborno vão continuar presos em Londrina

04 mai 2012 às 19:58

O juiz da 3ª Vara Criminal de Londrina, Luiz Eduardo Asperti Nardi, acatou pedido do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e converteu em preventiva a prisão temporária do chefe de gabinete do prefeito Barbosa Neto, Rogério Lopes Ortega, e do diretor de Participações da Sercomtel, Alysson Tobias de Carvalho.

Os dois foram detidos na última terça-feira (1º) e indiciados por formação de quadrilha e corrupção ativa na quinta (3), acusados de participação direta no caso da tentativa de suborno ao vereador Amauri Cardoso (PSDB).


Eles devem continuar presos por tempo indeterminado na Penitenciária Estadual de Londrina (PEL 2).


Na decisão, o juiz aponta que, apesar da conclusão do inquérito por parte do Gaeco, a dupla pode tentar cooptar mais agentes públicos ou atrapalhar os trabalhos da Justiça após a denúncia ser oferecida pelo Ministério Público (MP). "(...) a liberdade de ambos significa concreto risco de reiteração de delitos desta espécie, sendo necessária a custódia cautelar dos dois indiciados para evitar que novas tentativas de cooptação política desta natureza se reproduzam, inclusive sobre eventuais testemunhas a serem ouvidas em Juízo sobre o caso."


O fato de Ortega e Carvalho ocuparem cargos públicos também pesou na decisão do juiz da 3ª Vara Criminal. "Da mesma forma, como já apontado na decisão que decretou as prisões preventivas dos indiciados Marco Cito e Ludovico, o livre acesso dos indiciados Alysson e Antonio Rogério aos poderes públicos do município, revelado na investigação, também representa a possibilidade concreta de interferência na produção e coleta de provas sobre o caso", argumenta o magistrado.

A manutenção da prisão dos dois, de acordo com o juiz, também vai ajudar a evitar que eles 'plantem' "envelopes com dinheiro em gabinetes de vereadores". O fato começou a ser investigado pelo Gaeco após denúncia feita pelo parlamentar Rony Alves (PTB) e seu assessor Reginaldo Oliveira, que garantiu que foi 'assediado' por um membro do Executivo Municipal.


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