O deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB/PR) deverá entrar nesta terça-feira com uma ação popular contra as propagandas sobre as reformas previdenciária e tributária que estão sendo veiculadas na televisão pelo governo federal.
Segundo o deputado, as propagandas ''defendem somente um lado da questão''. ''Estou vendo dezenas de anúncios na televisão (sobre as reformas), no horário nobre, e isso tem um custo elevadíssimo. Quem deve pagar é quem autorizou a despesa. Se o PT quer fazer isso, que pague do próprio bolso'', justificou Hauly.
''Estou defendendo o dinheiro público da mesma maneira que fizeram no passado contra o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), nas propagandas da reforma trabalhista'', complementou ele, se referindo à ação que o PT teria ajuizado durante o segundo mandato do ex-presidente cessando a veiculação da propaganda.
''O Hauly está treinando para ser oposição mas não conseguiu nem ser original. A Heloísa Helena (senadora pelo PT/AL) já falou isso e deve ser expulsa do partido por causa disso. Ele (Hauly) está querendo aparecer'', disse o deputado federal Paulo Bernardo (PT).
De acordo com Paulo Bernardo, se a senadora cumprir a promessa de levar a discussão à Justiça, a expulsão é certa. ''Se ela entrar com a ação que ela falou, vamos simplesmente rasgar a ficha (de inscrição partidária) e jogar fora, porque o estatuto não permite isso'', afirmou.
Boato em e-mail - Um e-mail que está sendo encaminhado a diversos endereços eletrônicos no Estado, deverá ser alvo de investigação da Polícia Federal (PF), a pedido do deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB).
Segundo o deputado, no e-mail ele é citado como portador de leucemia. Na correspondência eletrônica encaminhada ontem à Folha, o autor diz que o deputado teria descoberto a doença há poucos dias e pede orações em nome de Hauly pelo seu ''pronto restabelecimento''.
''Isso é infantil, uma perversidade! Só um tipo de pessoa muito doente para fazer isso aí'', afirmou o deputado. ''Vamos tentar apurar isso e depois entrar com uma ação'', completou.
Hauly deverá encaminhar o pedido de investigação ao departamento de crimes eletrônicos da Polícia Federal.