Política

Greve e protestos marcam a rede de ensino no Paraná

25 set 2002 às 10:43

Apesar de não figurar entre os três primeiros problemas mais lembrados pela população na hora de escolher seus candidatos nas próximas eleições, Educação continua sendo uma das maiores preocupações dos brasileiros para que haja desenvolvimento do País. Prova disso é o recorde de inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio, que, segundo o Ministério da Educação (MEC), testou o conhecimento de aproximadamente 1,8 milhão de estudantes em todo o País.

Além da preocupação dos jovens, os pais paranaenses também estão preocupados com a educação de seus filhos: o Estado, segundo dados do MEC, é o terceiro que mais matriculas crianças em creches, com um total de 90.938 inscrições na rede municipal, estadual, federal e privada.


Preocupação que também tira o sono de todos os profissionais da rede pública de ensino. Nos últimos anos, professores e demais funcionários de colégios e universidades têm feito constantes reivindicações e paralisações para tentar sensibilizar a administração estadual.


O governador Jaime Lerner teve sua imagem desgastada nos últimos anos justamente devido à falta de entendimento de seu secretariado com os professores da rede de ensino pública. O corpo docente reclama da falta de um Plano de Cargos e Salários, de reajuste com índices coerentes com a inflação e de maior flexibilidade por parte do governo nas negociações. Para agravar a insatisfação da categoria, os alunos do ensino público estadual também reivindicam melhores condições na Educação, como estrutura física suficiente para abranger o número de matriculados, exame de seleção mais elaborado para contratação dos profissionais e mais verba para investimentos no setor.


No ano passado, o Ensino Superior do Paraná passou por um de seus períodos mais negros quando a greve do corpo docente chegou a durar cinco meses e meio. Nesse tempo, muitos alunos voltaram para suas casas, trancaram matrículas, tiveram formaturas adiadas e ficaram ociosos, gastando dinheiro com custos de moradia fora da cidade de origem; os prédios das maiores universidades do Paraná ficaram tomados pela sujeira e pelo matagal e toda a grade curricular foi afetada pela paralisação recorde. O movimento não só afetou as universidades como também chegou aos hospitais universitários e outros setores do funcionalismo públicos.


A troca de governantes e a possibilidade de mudança desse quadro têm seu momento crucial no dia 6 de outubro, quando acontecem as eleições. O Bonde trouxe nesta semana a proposta dos principais candidatos ao governo do Paraná para que o leitores possam tirar suas dúvidas e avaliar qual o melhor plano para o desenvolvimento da Educação no Estado.



» Conheça as propostas dos candidatos sobre Educação.

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