O secretário de Governo, José Cid Campêlo Filho, disse que o governo do Paraná não tem uma estratégia definida para abortar as investigações da CPI da Telefonia em relação aos grampos, apesar do desgaste político que as denúncias envolvendo o Palácio Iguaçu pode representar.
Campêlo espera que os integrantes da comissão voltem à rota original das apurações (denúncias de irregularidades praticadas por operadoras). "O pedido de criação dessa CPI aconteceu em dezembro do ano passado, e essas denúncias de grampos apareceram há quinze dias."
O secretário defende que o objeto das investigações não pode ser mudado. Ele tomou como base o artigo 62 da Constituição Estadual, que prevê que a CPI tem que investigar um fato determinado. Entretanto, nos bastidores, corre a versão de que o Palácio Iguaçu estuda uma ofensiva para estancar as investigações sobre escutas clandestinas - versão não conformada oficialmente.
O governo já emitiu nota oficial informando que não há possibilidade de existirem grampos nas linhas que atendem ao Palácio. O líder do governo, Durval Amaral (PFL) sustenta a tese de que o caso deve ser apurado na esfera policial e que os depoentes que se sentirem prejudicados podem pedir a nulidade da CPI na Justiça.
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