O governo Lula vai reservar cotas para indígenas e transexuais no próximo concurso que fará para selecionar 900 auditores fiscais do trabalho no país.
De acordo com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, 2% do total de vagas serão destinadas aos indígenas. E outros 2%, para pessoas trans.
Hoje, a lei só exige 5% de cotas para pessoas com deficiência (PcD), e 20% para negros.
Nestes dois casos, o ministério também vai inovar: o percentual de vagas reservadas para PcDs será de 6%. Já as reservas para negros vão saltar para 45%.
O salário inicial dos auditores será de R$ 21 mil. Eles serão contratados para fiscalizar a existência de irregularidades como trabalho escravo, utilização de mão de obra infantil e violações às normas de segurança no trabalho.
O governo não realiza concurso público na área desde 2013, quando vagas foram abertas pelo governo de Dilma Rousseff (PT). Ela sofreu impeachment em 2016.
"Houve um desmonte do estado no governo golpista [de Michel Temer, que substituiu Dilma] e no governo das trevas [referindo-se a Jair Bolsonaro]. Estamos reconstruindo as políticas públicas", diz Marinho.
Segundo o ministério, o país tem hoje 1.933 auditores fiscais do trabalho. Com o concurso, o número chegará a cerca de 3.000.