Análise
O governo do Paraná abriu nesta quinta-feira processo licitatório para contratação de agências de publicidade e propaganda que farão os serviços de planejamento e divulgação da imagem do Estado na gestão Roberto Requião (PMDB).
O aviso de licitação foi publicado nesta quinta-feira. As agências interessadas já podem buscar o edital completo na Coordenadoria de Marketing da Secretaria de Estado da Comunicação Social.
O governo pretende contratar as 12 melhores agências, com base na pontuação técnica obtida e no preço.
De acordo com o Palácio Iguaçu, estão previstos R$ 43,5 milhões neste ano para a área de propaganda, envolvendo todas as secretarias de Estado.
Esse valor foi estabelecido no orçamento costurado pelo governo anterior, para vigorar neste ano.
Os critérios para seleção das empresas aos cuidados de uma comissão especial de licitação incluem os planos de comunicação apresentados pelas agências interessadas, relatos de soluções de problemas de comunicação, capacidade de atendimento, idéia criativa, preço, dentre outros.
A abertura dos envelopes com as propostas das concorrentes será em sessão pública no dia 8 de julho, às 10 horas, no auditório do Palácio Iguaçu.
A data da divulgação do resultado será decidida pela comissão de licitação.
O governo só vai contratar as empresas que se qualificarem de acordo com os critérios de pontuação, mesmo que não se alcance o número previsto de 12 agências. A nota mínima foi fixada em 70 pontos.
A cada empresa vencedora caberá, sob a supervisão da Secretaria de Comunicação, um mínimo de 2% e um máximo de 30% do montante total (R$ 43,5 milhões).
A contratação dos serviços valerá para a administração direta e indireta.
As empresas da área de propaganda e publicidade vinham aguardando com expectativa a abertura da licitação do governo.
No final de janeiro, o governador assinou decreto cancelando todos os contratos com as seis agências que prestavam serviços ao governo Jaime Lerner (PFL), seu antecessor.
Requião suspeita haver indícios de irregularidades nos gastos com propaganda. Conforme decreto de Requião que suspendeu os contratos com as agências de publicidade, no período de 2000 a 2002, durante o governo Lerner, o aumento nos gastos de publicidade pulou de R$ 27,2 milhões para R$ 157,8 milhões.
O governo Lerner previa, por meio de prorrogações, a validade desses contratos até o início de maio deste ano, mas o atual governo anulou os contratos antes do final deste prazo.
As agências Master Comunicação e Marketing, Fischer America Heads, Opus Múltipla, Loducca Publicidade, Get! e Propeg faziam as peças publicitárias específicas para cada grupo de secretarias de Estado.
Segundo documentos obtidos pelo deputado federal Florisvaldo Fier (PT), o Doutor Rosinha, em decorrência de uma ação judicial, o governo anterior teria gasto, entre 1995 e 1998, cerca de R$ 400 milhões em propaganda.