O governador do Paraná, Beto Richa, e outros 17 governadores do País se reuniram nesta terça-feira (12) em Brasília para definir uma pauta de reivindicações que será levada ao Congresso Nacional.
O grupo também decidiu solicitar uma agenda conjunta com a presidente Dilma Rousseff para tratar de temas que afetam todos os Estados. "Queremos levar diretamente a ela as reivindicações e as angústias dos Estados brasileiros", destacou Richa.
O encontro – que durou cerca de quatro horas – antecedeu a reunião dos governadores com os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, que acontece nesta quarta-feira (13), na Câmara.
Richa e outros governantes do PSDB, partido de oposição ao governo federal, se movimentam para que Congresso Nacional coloque em debate, no menor prazo possível, projetos como o da repartição de contribuições e impostos arrecadados pela União. Entre eles estão Antonio Anastásia (MG) e Geraldo Alckmin (SP).
Reivindicações - Richa afirmou que, entre as principais reivindicações, está a renegociação das dívidas com a União. "Temos uma grande dívida e um indexador que a torna impagável", declarou. Ele citou o caso de um empréstimo de R$ 5 bilhões contraído pelo Paraná no final da década de 1990, que originalmente era de cerca de R$ 5 bilhões. O Estado já pagou R$ 10 bilhões e ainda deve outros R$ 9,5 bilhões. "É uma bola de neve impagável. A união deveria ser parceira dos estados e não um simples agente financeiro ou um agiota que cobra altíssimas taxas de juros", disse.
O governador do Paraná disse também que outra dificuldade dos Estados está relacionada à queda das transferências federais, que reduz a capacidade de investimentos dos governos estaduais. "O governo federal concentra receita e distribui obrigações", afirmou Richa.