O governador Marconi Perillo (PSDB) disse nesta segunda-feira, 14, que, se for convocado a depor, vai sugerir à CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do Cachoeira que sejam estendidas as investigações a todas as construtoras existentes no País. "É preciso passar o Brasil a limpo", disse o governador, em Goiânia, ao defender a abertura do sigilo bancário das empreiteiras e investigar suas relações com os governos nas esferas federal, estadual e municipal.
O tucano disse estar "tranquilo" em relação às investigações sobre ele e seu governo. "Eu jamais permitiria que alguma empresa pagasse qualquer tipo de propina ao governo", afirmou. Sobre o envolvimento do seu nome nas escutas da PF, defendeu: "Infelizmente, às vezes pessoas citam nosso nome até mentindo, ou às vezes querendo mostrar algum tipo de intimidade para levar vantagens".
Perillo argumentou que a polícia de Goiás realizou mais de 700 operações e apreendeu 1.900 máquinas de jogos ilegais. O governador sugeriu que existam interesses ocultos por trás das investigações: "O Brasil precisa ser passado a limpo de verdade, mas não na base da hipocrisia ou da perseguição", afirmou.