A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, esteve em Londrina na manhã deste sábado (9) entregando motoniveladoras a prefeitos de 40 pequenas cidades da região. Em entrevista coletiva, ela foi questionada sobre a possibilidade de disputar o Governo do Paraná pelo PT nas eleições do próximo ano. "Só falo sobre isso em 2014", desconversou a ministra.
Apesar disso, o nome de Gleisi é dado como certo pelas lideranças petistas. A legenda já começou a trabalhar nas alianças políticas para o próximo ano. O PT pretende fechar parceria com o PDT de Osmar Dias - que pode ser candidato ao Senado -, com o PSD do deputado Eduardo Sciarra (cogitado para ser vice de Gleisi) e até com o PP de Ricardo Barros, legenda que, atualmente, apoia a administração tucana do governador Beto Richa. O Partido dos Trabalhadores também espera que o PMDB lance candidatura própria. "A entrada de um terceiro candidato pode movimentar o debate", argumentou o deputado federal André Vargas (PT).
Informações de bastidores dão conta de que o candidato peemedebista ajudaria Gleisi a atravessar o caminho do primeiro para o segundo turno. As pretensões petistas podem ser barradas, no entanto, pelo racha do PMDB no Paraná. A legenda foi dividida em três grupos. Um deles, composto por deputados, quer apoiar Beto Richa (PSDB) na reeleição; o outro é liderado pelo senador Roberto Requião; e o terceiro tem à frente o ex-governador Orlando Pessuti. Requião e Pessuti defendem as próprias candidaturas. "Venho apoiando o Requião desde quando ele se elegeu para prefeito de Curitiba. Espero que, agora, ele me apoie também. Só assim vamos conseguir acabar com essas disputas internas", argumentou Pessuti.