Política

Gianoto continua afastado

30 nov 2000 às 11:22

O prefeito afastado de Maringá, Jairo Gianoto (sem partido), sofreu ontem uma derrota no Tribunal de Justiça do Paraná. O desembargador Bonejos Demchuk não concedeu liminar solicitada pelos advogados de Gianoto. O prefeito tenta na Justiça cassar a decisão de primeira instância que o afastou formalmente da prefeitura.

De acordo com o entendimento do desembargador, o prefeito não conseguiu dar sustentação jurídica ao seu pedido perante à Justiça. Além do mais, no entendimento de Demchuk, o pedido de licença, solicitado pelo próprio Gianoto, antes de proferida a sentença judicial que o afastou, é contraditório ao pedido de liminar.


"Se o agravante mantém a intenção do afastamento espontâneo, não deve, a contrário senso, opor-se ao afastamento judicial", despachou o desembargador, nomeado pela presidência do Tribunal de Justiça para apreciar o recurso interposto na última segunda-feira.


No despacho, Demchuk mantém ainda a indisponibilidade de uma aeronave apontada como de propriedade de Gianoto (um avião bimotor). Apesar de o prefeito afastado alegar já ter vendido o bem, o desembargador entendeu que a não apresentação de um comprovante de venda comprometeu o desembaraço. Razão pela qual o avião não pode ser passado adiante, até a conclusão do processo ou segunda ordem judicial.


O Tribunal de Justiça não tem uma previsão ainda para julgar o mérito do mandado de segurança impetrado pelos advogados de Gianoto. Bonejos Demchuk pediu uma série de informações ao juízo de Maringá. Segundo o despacho, para dar suporte ao processo de julgamento.


O desembargador determinou ainda a intimação do advogado do prefeito, para que o mesmo apresente num prazo de 10 dias dados fundamentais ao processo de defesa. Os aliados do prefeito afastado souberam à distância da decisão do TJ. O próximo passou da defesa agora é tentar levar o pedido ao crivo da Justiça em Brasília, uma vez que estão praticamente esgotados os recursos no Paraná.

A cassação da sentença que o afastou formalmente do cargo era uma tentativa de resgatar a imagem política de Jairo Gianoto, arranhada pelas acusações de envolvimento no caso Paolicchi que pesam contra ele. O mandato do prefeito, que não foi reeleito em outubro passado, termina no final de dezembro.


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