Com uma campanha morna nas ruas, os prefeituráveis de Londrina têm usado as redes sociais para reforçar a propaganda na busca pelo voto do eleitor. Tentando "furar a bolha" dos próprios seguidores, os candidatos vêm investindo no impulsionamento das postagens para que o conteúdo chegue a mais londrinenses se comparado com o alcance original da publicação na página, principalmente o Instagram e o Facebook, que pertencem à Meta.
Dados compilados pela FOLHA, a partir do balanço parcial de gastos à Justiça Eleitoral, mostram que os sete postulantes à Prefeitura de Londrina declararam esse tipo de custo, totalizando R$ 349.350 em impulsionamento de postagens. A maior despesa foi da Professora Maria Tereza (PP), que gastou R$ 165 mil, valor que corresponde a 10,20% do total de pagamentos indicados até a primeira quinzena de setembro.
Quem aparece na sequência é Diego Garcia (Republicanos), com R$ 85 mil destinados a aumentar a abrangência das publicações, sendo 11,67% das despesas. A campanha do Coronel Villa (PSDB) desembolsou R$ 38 mil (6,12%), a de Tiago Amaral (PSD) R$ 20 mil (1,79%), Tercílio Turini (MDB) R$ 18 mil (11,38%), Barbosa Neto (PDT) R$ 13.350 (5,39%) e Isabel Diniz (PT) R$ 10 mil (2,29%).
Essa é a terceira eleição - entre nível municipal, estadual e federal - que o impulsionamento nas redes sociais é permitido pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A prática foi liberada pela primeira vez em 2018. "Isso não é algo exatamente novo, mas ainda encontra uma regulamentação nova por nós. Primeiro teve a internet, depois as redes soais e agora as redes sociais viraram mecanismo de campanha", avalizou o juiz Mauro Ticianelli, da 157ª Zona Eleitoral de Londrina.
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